Alguns e outros

Alguns de nós já se tornaram “papais”, outros, “titios”. Alguns de nós nem mesmo merecem mais a “simpática alcunha” que há dez anos nos autodenomina: GE, ou Galera Empolgada. “Mas, porque isso?”, você deve estar se perguntando. “É alguma espécie de ‘versão brasileira’ de Friends, ou Barrados no Baile?” Neste último, fui longe, mas acredito que ambos têm as suas semelhanças conosco. Conosco e com uma infinidade de turmas de amigos que já tiveram os seus “intercâmbios culturais” entre si. Hoje, talvez estejamos mais para Os Normais, alguns, tendendo para A Grande Família, outros, para Sexo Frágil (será?). Mas o fato é que dez anos juntos (alguns mais, outros, menos) já é tempo mais do que suficiente para sabermos quem é quem de verdade, quais as chatices e as frescuras de cada um, os hábitos mais comuns, as peculiaridades. Como tudo começou? Apesar da “visão já meio turva”, do “peso da idade” e dos cabelos que me faltam (ou dos cabelos brancos de alguns), creio que não me falha a memória…

Éramos (e ainda somos) simplesmente amigos. Nascemos mais ou menos na mesma época, alguns, meio antes, outros, meio depois, mas todos sempre tivemos alguma afinidade. Dez anos atrás, estávamos (a maioria) na faixa dos 15 anos, alguns mais, outros, menos. Gostávamos (a maioria) de festas e badalações (coisas de adolescente, e como era bom), de jogar basquete (os meninos) ou de ver filmes “água-com-açúcar” no cinema (as meninas, naturalmente). Alguns ainda gostam, outros, não. Estudávamos quase todos na mesma escola. Os que não estudavam lá eram “trazidos” pelos que estudavam. As turmas “acadêmicas” se misturaram – alguns se uniram, outros, separaram-se. Mas a turma cresceu. Cresceu e espalhou-se por Belo Horizonte, hoje, pelo Brasil. Amigos dos amigos se “juntaram” a nós e nós nos “juntamos” a eles (ou elas, depende do caso), alguns mais próximos, outros mais distantes.

Sobre o nome? Bom eu vou dizer que sob o nome é que há uma série de coisas que posso dizer e desdizer. Mas isso importa pouco. O que importa é que foi pronunciado num dia empolgado, numa festa empolgada, num dia muito importante para um cara empolgado e para os amigos dele. E aí, ele falou: “Galera empolgada. Somos uma galera empolgada”. Naquele tempo, ainda era minúsculo, porque não era nome. Eu nem mesmo sei porque esse nome pegou tanto, mas, que pegou, pegou. Pegou tanto que já virou até camiseta e CD acústico, como aqueles da MTV, só que melhor. Melhor porque reúne não só as gravações caseiras e desafinadas de um grupo de instrumentistas e músicos e “convidados especiais” e “técnicos de som”, alguns de verdade, outros, não. Mas melhor ainda porque tem as piadas da gente, a alma da gente, o gosto da gente, a diversão da gente, a amizade sincera, crescente e eterna de alguns e outros.

Marcos Arthur Escrito por:

Inquieto. Curioso. Companheiro da Marina e pai do Otto. Ultramaratonista. Facilitador de aprendizagem. Sócio-fundador na 42formas. Escritor amador. Eterno aprendiz.

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