Mais uma vez, pensou que podia mudar o mundo. Julgou ter-se enganado quando, por fim, concluiu apenas que o caminho seria longo.
Categoria: Escritos do passado
Publicações “antigas” (2004-2015) importadas de outros blogs que tive.
Esvaiu-se o tempo enquanto afogava-se em preocupações. Decidiu-se, então, pela caminhada rumo ao olvido. E viveu de novo.
Continuando a resgatar o que há muito se fez. Ou seria se “faz”? ===== Ramerrame Belo Horizonte, 11 de abril de 2005 (segunda-feira) – 23:23 Não ouso Respiro Levanto E me viro Se fogo Não vejo Afasto O ensejo Não faço Progresso Consumo O processo…
Por fim, decidiu que iria parar. Então, pela última vez, deixou-se cair. No dia seguinte, estaria livre.
Olhou para si e viu-se desprovido de somas. Naquele momento, sentia o que lhe vinha ao ter-se endividado por tantas eras.
De súbito, voltou a acreditar na humanidade e achou mais belo o mundo ao seu redor. Eram as endorfinas subindo-lhe à cabeça.
“Para crescer, deves buscar a companhia daqueles que são melhores do que tu” – disse-lhe o sábio. “Mas lembre-se: não há piores.”
O vento feria-lhe os ouvidos e a escuridão apalpava-lhe os olhos. Sentiu que estava só; mas estava enganado: a verve o acompanhava.