Alfarrábios (III)

Continuando a resgatar o que há muito se fez. Ou seria se “faz”?

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Ramerrame

Belo Horizonte, 11 de abril de 2005 (segunda-feira) – 23:23

Não ouso
Respiro
Levanto
E me viro

Se fogo
Não vejo
Afasto
O ensejo

Não faço
Progresso
Consumo
O processo

Se claro
Padeço
É certo
Mereço

Não julgo
? Devia
Sensato
? Seria

(N)a terra
Esterco
A vida
Que cerco

Não falo
Nem gozo
Tramito
E toso

Se canto
A medra
Tropeço
Na pedra

Não verso
E tento
Escrevo
Tormento

Se quero
Aresto
O dito
Empresto:

“Êta vida besta, meu Deus!”

11/04/2005 – 23:44

(Publicado originalmente às 13h22 de 14/4/2005, em http://marcosarthur.blogspot.com.)

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1 Comments:

At 18/4/05 19:35, Anonymous GaBi® said…

Oie….td bom!?
Adoorei o textinho!!! confesso q só tive paciencia de ler ele….
hahahaha….tb blog de jornalista q + q eu esperava neh!?!?
hahaha…..
te adooro mto…to com saudades…vê se aparece….
bjokass
F
U
I
… Gabi

Marcos Arthur Escrito por:

Inquieto. Curioso. Companheiro da Marina e pai do Otto. Ultramaratonista. Facilitador de aprendizagem. Sócio-fundador na 42formas. Escritor amador. Eterno aprendiz.

Um comentário

  1. Paloma
    05/05/2011
    Responder

    Muito bom!
    O que se fez ou que se faz, que continue sendo feito.

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