Lentamente, levantou-se, lânguida. Lembrava-se lasciva, lépida, letal. Lampejo.
Marcos Arthur Publicações
Olhou para si e viu-se desprovido de somas. Naquele momento, sentia o que lhe vinha ao ter-se endividado por tantas eras.
De súbito, voltou a acreditar na humanidade e achou mais belo o mundo ao seu redor. Eram as endorfinas subindo-lhe à cabeça.
“Para crescer, deves buscar a companhia daqueles que são melhores do que tu” – disse-lhe o sábio. “Mas lembre-se: não há piores.”
O vento feria-lhe os ouvidos e a escuridão apalpava-lhe os olhos. Sentiu que estava só; mas estava enganado: a verve o acompanhava.
Elevou-se à décima potência. E sentiu-se invencível. Estava certo de que não mais pereceria. Então, por uma rosa, tombou.
Não, este não é um texto de autoajuda, embora muitos dos eventuais leitores possam julgá-lo como tal. Pois bem, não estou aqui para ficar me explicando e, sendo assim, limito-me a escrever. E quem quiser ler, que leia. É certo que, no decorrer da vida,…