Levanta-se
uma Serenidade em chão
e ela habita
o céu da boca

e Ela remove o limo
que nos cobre
as gargantas

Não se podem ouvir rumores
de vez que já foram esquecidos
e ergue-se a face
de queixo largo
e olhos límpidos

os espíritos errantes falaram
e beberam um pouco

Levanta-se
uma Serenidade em terra
e expira-se
a ira
de vozes em vão

e calam-se os ventos
mas veleja a brisa

Toma-se a mão
e verte-se a lágrima
calma
e branca

os tendões estão firmes
os pés estão firmes

levanta-se
uma Serenidade

Marcos Arthur Escrito por:

Inquieto. Curioso. Companheiro da Marina e pai do Otto. Ultramaratonista. Facilitador de aprendizagem. Sócio-fundador na 42formas. Escritor amador. Eterno aprendiz.

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