(Em homenagem a Millôr Fernandes. E para a minha irmã Bethania Duarte.)
Um dia
eu não voltarei a mim
Dormirei nos braços de Morfeu
e acordarei às portas do céu
Um dia
eu não voltarei a mim
Seguirei eterno
e baterei às portas do inferno
Um dia
eu não voltarei a mim
Deixarei as portas
e caminharei por linhas tortas
Um dia
eu não voltarei a mim
Colherei o seu chão
e me esquecerei de que houve refrão
Um dia
eu não voltarei a mim
Cerrarei o meu ato
E levantarei insensato
Um dia
eu não voltarei a mim
E neste dia
estarei no meu lugar
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E deixo aqui uma pérola de Dudu Nicácio e Rosa Souki, nas vozes de Leopoldina e Dudu Nicácio. Nada mais a acrescentar.
Lindinho.Te adoro
🙂
Lindo.Te adoro para sempre
Faço minhas as suas palavras, trocando o “lindo” por “linda”. 🙂
Bonito poema, Marcos.
Obrigado! 🙂
Lendo isso lembrei disso:
“Traduzir uma parte na outra parte – que é uma questão de vida ou morte – será arte?” Gullar
Marculino, seu menino. A poesia tomou conta e vai levando. Obrigado por existir assim.